Com grande parte do Japão em estado de emergência devido à pandemia, a opinião pública está se voltando contra a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas os organizadores insistem que não se trata de cancelar os jogos.
As vacinas da Covid-19 não começarão no Japão antes do próximo mês. Não está exatamente claro quem, se alguém, envolvido nas Olimpíadas será necessário ou poderá ser vacinado. O adiamento das Olimpíadas, entretanto, fez com que o custo de realização dos jogos saltasse 22%, para cerca de US $ 15,5 bilhões – segundo algumas estimativas, os jogos mais caros já registrados. O jornalista econômico Tomoyuki Isoyama disse que o governo está contando não apenas em recuperar parte do dinheiro que investiu em estradas e estádios, mas também em estimular a economia em geral.
Uma pesquisa recente da emissora nacional NHK descobriu que cerca de 80% dos japoneses acham que os jogos deveriam ser cancelados ou adiados. Um dos maiores críticos dos jogos é o autor Ryu Honma. Ele compara a situação atual à batalha de Imphal, na Segunda Guerra Mundial, no nordeste da Índia, em 1944. É um conflito infame no Japão pela imprudência de seus comandantes militares.
O primeiro-ministro Yoshihide Suga argumenta que a realização das Olimpíadas de Tóquio enviará a mensagem de que a humanidade triunfou sobre o coronavírus. Se esse triunfo não vier rápido o suficiente, essa mensagem pode ser deixada para o anfitrião dos jogos de inverno do próximo ano. Esse anfitrião é Pequim, China.
Fonte: Equnews