O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) realize nova eleição, anulando as duas realizadas paralelamente em janeiro. A entidade tem sido gerida por Kiko Mari, que foi eleito pelo grupo de situação, que tinha menos votos entre o total do colégio eleitoral, do que a oposição. Durante a assembleia realizada em um hotel do Rio de Janeiro, a comissão eleitoral acatou um pedido da situação e impediu a federação do Rio de Janeiro de votar, porque sua presidente, que mora há mais de 40 anos no Brasil, não nasceu aqui, mas em Portugal — o estatuto da CBH diz que só podem ocupar os poderes da confederação brasileiros natos e foi usada interpretação de que a assembleia geral é um poder.
Também a federação de Alagoas, mais uma de oposição, foi impedida de votar. Já a federação do Ceará, que era aliada da situação, foi autorizada. Revoltado, o grupo de oposição saiu da sala onde acontecia a assembleia e realizou outra no corredor, diante de uma cartorária, elegendo Bárbara Laffranchi. O presidente até então, Ronaldo Bittencourt, reconheceu a assembleia do seu grupo político e deu posse a Kiko Mari. Depois disso, a disputa seguiu na Justiça. No mês passado, a Justiça decidiu que voto do Rio deveria ser considerado, mas isso não solucionou a disputa, uma vez que a votação que a CBH considera oficial só teve participação da situação e, sozinho, o voto do Rio não mudaria o resultado.
A oposição seguiu contestando a eleição e conseguiu, no fim da semana passada, uma decisão do juiz João Marcos de Castello Branco Fantinato sustando as duas assembleias realizadas no mesmo dia em janeiro e “determinando a realização de nova (eleição) na forma estatutária”. Procurada, a CBH informou que entrou com recurso e não vai se pronunciar no momento. A gestão Kiko Mari não é reconhecida pela ampla maioria dos atletas brasileiros, incluindo aí Doda e Rodrigo Pessoa…. –
Fonte Uol