Medalhista paralímpico, gerente de uma empresa de luxo e, agora, mais um cavaleiro atrás da vaga olímpica
(wander roberto/cpb)Se o ciclo para Tóquio-2020 já foi extremamente desafiador, porém prateado, os três anos até Paris-2024 prometem ser mais agitados ainda para Rodolpho Riskalla. Mas isso não o desanima. Pelo contrário, o medalhista de prata na Paralimpíada de Tóquio já está se programando para seguir no paraequestre e brigar por uma vaga no hipismo adestramento convencional de Paris-2024. Sem falar no seu emprego como gerente da Dior, marca global de artigos de luxo. Dá-lhe jornada tripla!
“Vai ser corrido”, diz com um largo sorriso. Movido por desafios e em constante mudanças, Rodolpho Riskalla ainda está curtindo a sua medalha de prata paralímpica. “Ainda estou conseguindo aproveitar um pouco a conquista em Tóquio.” Só que o ciclo mais curto para Paris-2024 já bate à porta.
“Tudo é rápido mesmo. Tenho o Mundial da Dinamarca ano que vem, mas é em menos de 10 meses. Talvez o Pan no convencional em Santiago 2023, porque no Parapan não tem hipismo, e depois já tem Paris-2024, é uma coisa seguida da outra”, haja disposição.
E haja dinheiro para manter tudo isso em funcionamento. Afinal, Riskalla tem que manter duas equipes, uma do paraequestre e outra do convencional. Isso tudo em harmonia com seu trabalho na Dior. “Eu consigo trabalhar de casa, do computador e a Dior sempre me deu todo apoio necessário. Ás vezes, tenho que fazer umas viagens, mas é tudo pertinho na Europa”, completa o cavaleiro.
“Não há hipismo sem os cavalos. Eles são os grande protagonistas”.
As estrelas
Para competir em duas frentes, Riskalla precisa de quatro cavalos. Um titular e outro reserva no paraequestre e no hipismo convencional. “Estou buscando novas parcerias e novos patrocínios para poder investir em novos cavalos. A gente não é nada sem eles, são a nossa equipe, sem cavalo não há competição”.
Mais do que isso, o planejamento é fundamental para o bem-estar das principais estrelas do show. “Para estar em alto nível, a gente precisa de mais de um cavalo, para poder competir em diversas competições diferentes, sem forçar o cavalo, para sempre estar bem.”
Para Tóquio-2020, Riskalla usou Don Henrico como cavalo titular. Don Frederic estava como reserva, mas que deve assumir a titularidade em breve. “Sobre Don Henrico, é um cavalo com um pouco mais de idade. Talvez, o ano que vem seja o último ano dele em competições internacionais. É sempre uma coisa difícil falar sobre isso. Ele está muito bem de saúde, ele adora competir, então a gente vai levando ele.”
Nunca é fácil encerrar uma parceria no hipismo. Com Don Henrico, Riskalla foi prata no Mundial e nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O ciclo de Paris deve ser de Don Frederic. “Mas estou atrás de parcerias para ter mais cavalos e chegar em Paris-2024 bem”.
Com jeitinho vai!
A jornada tripla nos próximos três anos é uma realidade. E Rodolpho Riskalla tem muito claro que o calendário será o mais complicado. “A grande diferença entre o convencional para o paraequestre são as competições que a gente tem que participar. O calendário é outro, então tenho que adaptar as duas competições”.
A vantagem é que Riskalla já mora em Paris, onde trabalha para a Dior, há anos e as principais competições são na Europa. “A grande vantagem é que na Europa as competições são no mesmo final de semana. Então dá para conciliar bem”, diz o cavaleiro.
Fonte : Olimpiada Todo Dia