A fase de observatórias da modalidade Adestramento Paraequestre rumo ao Mundial 2022 – realizada pela ordem na Sociedade Hípica Paulista (SP) em 4 e 5/3, no Centro Hípico Vila Boa Vista (MG) em 6 e 7/3 e Sociedade Hípica de Brasília em 8 e 9/3 – fechou com sucesso, incluindo diversos novos participantes. Estiveram frente ao julgamento nos três eventos o juiz internacional Arnaldo Conde Filho, ao lado de Maria Luiza dal Pai e Syllas Jadach.
Na seletiva realizada em Brasília dois conjuntos confirmaram novamente o índice de qualificação estabelecido pela CBH – mínimo de 65% na reprise individual- alcançado no Campeonato Brasileiro em novembro de 2021: Thiago Fonseca com Caliscan JMen e SL Saddam, 1º e 2º colocado no Grau V, registrando 66,420% e 66,230%, Flamarion Pereira da Silva que montando Gibraltar registrou 65,245%.
Também garantiu sua qualificação e passaporte para as qualificativas na Europa, a experiente amazona Vera Lucia Mazzilli com Zaco dos Pinhais totalizando 67,083%, melhor índice da observatória em Brasília.
Conforme anunciado pela CBH, os conjuntos com média igual ou superior a 65% habilitaram-se para ida à Europa, onde disputarão um ou dois Internacionais – CPEDIs, visando a qualificação técnica para o Mundial 2022, em Herning, na Dinamarca, em 6 e 7 de agosto. O índice de qualificação a ser alcançado é de no mínimo 62% de aproveitamento, conforme estabelecido pela Federação Equestre Internacional. Já estão tecnicamente qualificados para o Mundial 2022 Rodolpho Riskalla, prata em Tóquio 2020 no Grau IV, e Sergio Froes Oliva, top 10 em Tóquio 2020 e dono de dois bronzes na Rio 2016 no Grau I.
2ª fase na gestão da modalidade com reformulação da diretoria
O saldo das observatórias foi muito positivo com destaque para participação de diversos novos conjuntos, especialmente em São Paulo e atletas vindos de Goiás na etapa realizada em Brasília. Com a definição dos classificados para participar dos CPEDIs na Europa, dá-se início à 2ª fase de gestão, conforme programado pela atual diretoria em conjunto com Fernando Sperb, presidente e Barbara Laffranchi, vice-presidente, visando a reformulação do gerenciamento da modalidade.
Em tempo recorde, de janeiro até o ínicio de março, foi realizado um importante trabalho de normatização e transparência, pela diretora Claudia Moreira de Mesquita, juiza internacional de Adestramento e Nacional Paraequestre. Dentre os documentos criados estão o Regulamento Paraequestre CBH 2022, o Manual de Comissários, a Normativa de Classificação dos Atletas, Normativa de Juízes e o processo de para criação de novos classificadores, a tradução e versão do FEI Paraequestrian Forum 2020, além da tradução das reprises internacionais (a serem publicadas em breve).
Nova diretoria, chefe de equipe e treinadora
Encerrado o primeiro ciclo e iniciando a 2ª fase da gestão da modalidade, Claudiane Crisóstomo Pasquali, experiente dirigente Paraequestre em atividade no Paraná e pioneira na promoção do Paraenduro, assume a diretoria. Também foi criada uma comissão nacional e internacional formada por Rosana Ayrosa, steward olímpica, Andrea Koeber, experiente amazona e treinadora de Adestramento, Adestramento Paraquestre e Equoterapia, e Eros Spartalis, especialista em Equoterapia e Equitação Terapeutica em Ponta Grossa no Paraná. Claudia Mesquita passa a ser consultora técnica da modalidade. Também estão definidos os cargos de chefe de equipe e treinadora o Mundial que ficam a cargo, respectivamente, de Rosana Ayrosa e Andrea Kober.
Além do Adestramento Paraequestre, a diretoria e comissão da CBH estão trabalhando para regulamentar, normatizar e fomentar o Paraenduro, Paratambor e Pararédeas a nível nacional. Dentre as ações já realizadas estão a clínica e palestra do medalhista paralímpico Rodolpho Riskalla, entre 28 e 30/1, na Hípica Paulista. Estão programados para os meses de julho e agosto 2022 dois Cursos de juízes e Clínicas para treinadores e atletas com juízes internacionais FEI, além de Internacionais Paraquestres – CPEDIs no Brasil, no ciclo rumo a Paris 2024.
Confira o resultado do 2º dia de competição em cada uma das observatórias, com as provas individuais, válidas como qualificativas técnicas.
Sociedade Hípica de Brasília – Dia 9/3
Grau I – Individual Test
1º Vera Lucia Martins Mazzilli / Zaco dos Pinhas – 67,083%
Grau II – Individual Test
1º Evende Souza Czeck / Tambour – 61,422%
2º Livia de Sousa Silva / Diamante – 60,637%
Grau III – Individual Test
1º Flamarion Pereira da Silva / Gilbraltar WR – 65,245%
Grau IV – Individual Test
1º Maykon Douglas Marques / Ciborg – 60,854%
2º Luzete Pereira Fernandes / Aretha da Boa Vista – 60,406%
Grau V – Individual Test
1º Thiago Fonseca dos Santos / Caliscan JMen – 66,429%
2º Thiago Fonseca dos Santos / SL Saddam – 66,230%
3º Yasmin Dias de Sousa Zeba / Caravelle – 56,072%
Centro Hípico Vila Boa Vista – MG – 7/3
Grau III – Individual Test
1º Ana Carolina Chaves / Paola – 56,372%
Sociedade Hípica Paulista – SP – 5/3
Grau II – Individual Test
1º Andrea Ursula / Pitgold Dollar do Anjo – 60,588%
Grau III – Individual Test
1º Silvia do Valle / Gaugin Interagro – 61,912%
2º Isabela Kristina Tupinamba / Luna – 61,569%
3º Mel Carvalho da Rocha Camargo / Violão CB – 60,196%
4º Luiz Paulo Galdino / Mexicana da Campagna – 57,353%
Grau IV – Individual Test
1º Rodolfo Bertassoli Lucas / Nassau do Encanto – 60,813%
2º Camila Fernanda Bueno / Lord da Campagna – 56,504%
Imprensa CBH com fotos Tim Maia