segunda-feira, 25/novembro/2024
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Medalhista paralímpico, Rodolpho Riskalla estreia com bronze no Mundial de Adestramento Paraequestre na Dinamarca

Nessa quarta, 10/8, na abertura das competições do Adestramento Paraequestre no maior evento hípico do mundo, em Herning, a dupla vice-campeã paralímpica conquistou a medalha de bronze na prova técnica e agora vai brigar por medalha no Freestyle.

Montando seu fiel parceiro Don Henrico em conquistas como prata nos Jogos de Tóquio e duas pratas na última edição dos Jogos Equestres Mundias, em 2018, em Tryon, Estados Unidos, o cavaleiro de 37 anos fez uma elogiada apresentação no BB Horse Arena terminando sua performance com a nota média geral de 74,925%.

“Estamos super felizes. Estava difícil, pois tinha bastante cavalo bom e eram 20 conjuntos, com diversos concorrentes novos. Estou muito contente, pois é o último concurso do meu cavalo que agora está com 19 anos e fez tanto por mim. Já vamos sair daqui com uma medalha e agora é ficar entre os 8 na prova por equipe do meu grau (IV) para classificar para o Freestyle se der tudo certo”, destacou Rodolpho.

“O Freestyle é uma prova que a gente gosta mais de montar, costumamos ficar sempre bem e espero que dê tudo certo”, comemorou o atleta que foi vítima de uma meningite bacteriana que trouxe como sequelas a perda de parte inferior das pernas e de dedos de uma mão, em 2015.

A prova por equipes do grau IV acontece na sexta-feira, 12, e se o conjunto ficar entre os oito primeiros colocados se classifica para a prova Freestyle (coreogradia livre e música) que acontece no domingo 14, definindo mais um pódio individual.

No pódio da prova técnica do grau IV deu dobradinha holandesa com a medalha de ouro para a atual campeã paralímpica e mundial Sanne Voets montando Demantur RS2 N.O.P (76,750%), e a prata para Demi Haerkens / EHL Daula (76,000%).

Sergio Oliva e Flamarion Silva fazem bonito no picadeiro

Outros dois atletas do Brasil também competiram nesta quarta-feira: Sérgio Oliva, 39 anos, dono de dois bronzes na Paralimpíada do Rio 2016 e montando Millenium, com quem competiu em Tóquio, atingiu 65,367% de nota média final terminando na 15ª colocação no grau I. Sérgio nasceu prematuro e por falta de oxigenação na incubadora ficou com paralisia cerebral.

A medalha de ouro do grau I ficou com Rihards Snikus montando King of the Dance, da Letônia, com a nota média final de 78,535%, a medalha de prata foi para a italiana Sara Morganti / Royal Delight (78,393%), e o bronze para o irlandês Michael Murphy / Cleverbou (74,143%). A prova por equipe do grau I acontece na sexta-feira 12 com o retorno de Sérgio Oliva à pista.

Estreando no Mundial, Flamarion Pereira de Silva montando Francis registrou 53,545% de nota média final, se posicionando em 14º lugar no grau II. Flamarion sofreu sequelas com a síndrome de Guillain Barré. A dupla retorna a pista na sexta-feira 12, na prova válida para equipes. 

No pódio da prova técnica a medalha de ouro foi conquistada pela dinamarquesa Katrine Kristensen / Goerklintgaards Quater (75,788%), a prata com Pepo Puch / Sailor’s Blue (75,333%), da Áustria, e o bronze ficou para Lee Pearson / Breezer (75,091%), da Grã Bretanha.

Nesta quinta-feira 11, o Brasil está de volta a pistas do Mundial Paraequestre com Thiago Fonseca dos Santos montando o Lusitano Johnny Walker Plus no grau V. O atleta que tem dificuldade de movimentação em uma perna volta a competir na prova por equipes no sábado 13.

O Time Brasil de Adestramento Paraequestre tem como técnica Andrea Kober, a chefe de equipe Rosana Ayrosa, os veterinários Rodrigo Saito e Henrique Macedo e Claudiane Crisóstomo Pasquali, diretora da modalidade na Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).

Sobre o Brasil no Mundial

O Adestramento Paraequestre foi a última modalidade a integrar os Jogos Equestres Mundiais (WEG na versão em inglês) e, hoje, ECCO FEI World Championship. A modalidade estreou em 2010 em Kentucky / EUA, quando o Time Brasil ficou em 13º lugar.

Na Normandia, França, 2014, a equipe ficou em 12º, com o melhor resultado individual, 6º lugar de Vera Lúcia Mazzilli/Ballantine.

Em Tryon, EUA, em 2018, o Brasil registrou sua melhor campanha no Mundial com a conquista das duas pratas individuais de Rodolpho Riskalla / Don Henrico e o 7º lugar por equipes. Imprensa CBH Carola May, Natasha Simonato com colaboração Rute Araújo; imgs: Luis Ruas

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