segunda-feira, 18/novembro/2024
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Brasil em pista em Tryon (EUA).

Competição conta com dois brasileiros, Eduardo Menezes e Luiz Francisco de Azevedo, e quatro animais do Haras Rosa Mystica, de olho nos Jogos Olímpicos

Enquanto as provas de hipismo no Brasil ainda aguardam a liberação, o Concurso Internacional 2* Tryon Summer Tour, no Tryon International Equestrian Center entra em sua terceira semana de competições em Mill Spring, Carolina do Norte, nos EUA, sede do Jogos Equestres Mundiais 2018 (WEG). Ao todo são seis semanas de provas e o Brasil estará muito bem representado por Eduardo Menezes, integrante do Time Brasil na Rio 2016 e medalha de ouro por equipes no Pan 2019, e Luiz Francisco de Azevedo, que defendeu o Brasil no Mundial 2018 e é filho do medalhista olímpico Luiz Felipe de Azevedo, ambos com diversas montarias. Os dois cavaleiros são radicados nos EUA.

Em pista, também , produtos da criação brasileira. Eduardo Menezes retorna às competições com Magnólia Mystic Rose, égua de 11 anos de criação do Haras Rosa Mystica, conjunto que está entre os candidatos a uma vaga no Time Brasil de Salto nos Jogos Olímpicos de Tóquio, postergados para o ano que vem. Diego Muyshondt, cavaleiro que representa El Salvador, compete com Atomica Mystic Rose, de 9 anos, enquanto que Juan Bolanos, radicado nos EUA e que também defende El Salvador, apresenta Zilouet Mystic Rose, 6 anos, e My Lord Mystic Rose, 5 anos, comercializados nos EUA.

Cavalos BH: um mercado em ascensão

O Haras Rosa Mystica vem investindo forte em sua criação e presença no exterior. “Esta semana a Magnólia Mystic Rose volta às competições para se preparar para o Internacional 3* em Tryon na semana que vem. Já em julho, ela deve embarcar para Europa visando disputar os Internacionais seletivos para o Tóquio”, conta Nilson Leite, titular do Haras Rosa Mystica, que aposta na criação de cavalos “made in Brazil.”

“Eu não crio para pagar contas, ganho dinheiro com cavalos. Tento mostrar que o cavalo de Brasileiro de Hipismo é um ótimo negócio. Só que para isso a gente precisa levar o negócio com seriedade”, destaca o criador, empresário na área médica e informática. “Ser criativo e promover ações de apoio ao esporte faz a diferença. Além do investimento no mercado internacional, patrocinamos, por exemplo, provas no interior do Estado de São Paulo para valorizar os locais onde nascem aficionados pelo esporte. Reembolsamos as inscrições de nossos produtos em campeonatos estaduais e brasileiros”, revela Nilson.

“O marketing da nossa criação precisa ser mais agressivo. Há cavaleiros brasileiros que não falam bem da gente lá fora. Se você não fala bem do seu produto como vender? Contamos com a facilidade da importação de sêmen, éguas, temos terras maravilhosas e custo de produção competitivo. O espaço para criação no Brasil é muito maior que na Europa, podemos produzir cavalos bons e rústicos. O cavalo BH dá uma liquidez maravilhosa e o preço chega em cifras absurdas porque há escassez. Quem investir e for assessorado por um bom profissional o investidor / criador seguramente vai ganhar dinheiro com cavalo”, garante Nilson.

Foto: Jacquie Porcaro

Fonte: Revista Horse

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