segunda-feira, 18/novembro/2024
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Cavalos ‘aposentados’ recebem tratamento especial.

Muitos criadores buscam garantir bem-estar aos animais durante velhice.

O passo não é mais como antes. Probleminhas de saúde já são mais comuns e algumas lesões apareceram com o tempo. A idade chega para todo mundo, inclusive para os equinos.

Um cavalo vive em média 40 anos, mas quando completa 25 anos já é considerado idoso. Por isso, para muitos animais, nada de esforços exagerados nessa fase da vida. Na “aposentadoria”, o importante é receber cuidados especiais.

Hoje em dia, com todos os recursos disponíveis, os cavalos tendem a viver bem mais do que no passado. Em Sorocaba (SP), o Nosso Campo visitou um haras onde vivem Bamboleio, de 38 anos, e Eternity, de 30 anos.

Em média, um ano do equino equivale a 6,5 anos de uma pessoa. É como se o Bamboleio tivesse 100 anos e a Eternity, 85. O casal é da raça brasileiro de hipismo.

O haras é especializado em receber cavalos idosos. Bamboleio já foi campeão de salto e chegou a viajar para outros países. Atualmente, dorme com facilidade, perdeu vários dentes e precisa receber alimento na boca, uma mistura de vitaminas, suplemento, melado de cana e gelatina em pó para repor o colágeno.

Mais de 40 cavalos aposentados vivem no haras. A médica veterinária Ana Carolina do Amaral é a dona da propriedade e diz que o serviço começou meio por acaso até se tornar uma referência.

A rotina de cavalos idosos é diferente da de animais jovens. Eles passam por exames periódicos de sangue e são pesados toda semana dentro de uma avaliação constante.

Nessa idade, os cavalos também têm manias. Ana Carolina conta que o comportamento é bem característico. O Bamboleio, por exemplo, só quer se alimentar ao lado da “namorada”.

Em alguns casos, a aposentadoria é antecipada por problemas de saúde e até de maus-tratos. Jade tem 15 anos e foi resgatada de uma situação de abandono. Ela estava pesando apenas 208 quilos quando foi encontrada pela empresária Sandra Maria Baier.

Depois de três anos, Jade se recuperou e hoje pesa 328 quilos. A égua se acostumou com a rotina tranquila dos aposentados e deve continuar no haras.

A procura pelo serviço de hospedagem dos cavalos aposentados tem sido promissora. Todas as vagas no haras estão preenchidas. A mensalidade é de R$ 900 para o animal ficar no piquete e R$ 1.100 para permanecer nas baias.

Na propriedade de Edson Mariano de Oliveira, a estrela é Ana Maria, uma égua da raça manga larga paulista comprada em um leilão para participar de provas de tambor. Ela foi aposentada dois anos depois.

Edson tirou a égua das competições depois que percebeu que ela começou a mancar. Em seguida, o criador descobriu que se tratava de um problema no tornozelo.

Depois da lesão e aposentadoria, veio a velhice. Hoje, Ana Maria tem 30 anos. As rugas e os dentes entregam a idade.

A égua fica em um piquete, separada de outros animais. Além de dar vitaminas, Edson mistura óleo de soja na ração para ajudar na digestão. Às vezes, ela ganha até gelatina para melhorar a reposição de colágeno. É uma rotina de cuidados e carinho para essa fase ser tranquila.

Assista reportagem: globoplay.globo.com/v/8706208/

Fonte: Vida no Campo – TV TEM

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