segunda-feira, 18/novembro/2024
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Os cavalos podem sentir o nosso medo?

Um artigo do site paulickreport.com diz que sim, os cavalos podem ‘cheirar’ nosso medo. Mas isso não é tudo

Pense no seu primeiro encontro esses animais. Você foi avisado de que, se estivesse com medo, os cavalos poderiam sentir o cheiro do seu medo? Acontece que foi um bom conselho.

As pessoas emitem um sinal químico específico enquanto experimentam uma emoção que induz a mesma emoção em outra pessoa que sente aquele odor. Chemosignals são sinais químicos que o corpo humano emite, principalmente através do suor. Agora, os pesquisadores descobriram que os cavalos também podem sentir o cheiro das emoções humanas.

Pesquisa

O Dr. Antonio Lanatá e seus colegas da Universidade de Pisa, Itália, descobriram que os cavalos podem sentir o cheiro do medo e da felicidade. Embora essas sejam apenas duas emoções que os pesquisadores identificaram, outros estudos podem revelar que os cavalos podem captar emoções adicionais dos odores corporais que os humanos emitem.

De acordo com esses pesquisadores, os cavalos realizam reações inesperadas ao serem montados por uma pessoa nervosa. Este pano de fundo de pesquisa os levou a suspeitar que o sistema olfativo desses animais é capaz de capacitá-los a ler os estados emocionais humanos por meio dos sinais quimio-axiais emitidos.

Os participantes humanos dessa pesquisa assistiram a filmes de terror ou filmes felizes enquanto usavam almofadas nas axilas para coletar o suor. A equipe solicitou que os sujeitos observassem um protocolo rigoroso por dois dias antes da coleta do suor. Eliminando a exposição a alimentos odoríferos, álcool, tabaco ou odores externos que pudessem comprometer os resultados. Eles também foram convidados a não se exercitar excessivamente.

Resultados

Sete cavalos de estudo de diferentes raças foram equipados com dispositivos de telemetria vestíveis que mediram a variabilidade da frequência cardíaca. Quando puderam cheirar as almofadas das axilas que continham suor de medo ou suor feliz, seu sistema nervoso autônomo reagiu. O sistema autônomo controla a frequência cardíaca e a respiração.

O estudo usou instrumentação de telemetria sofisticada que mostrou uma diferença marcante entre as respostas fisiológicas dos cavalos ao medo humano e à felicidade humana.

Os resultados revelaram que os odores do corpo humano induzem mudanças simpáticas e parassimpáticas e estimulam os cavalos emocionalmente, sugerindo transferência interespécie de emoções por meio dos odores corporais.

Os cavalos aprendem ou é agem por instinto?

Os pesquisadores explicaram que quando um cavalo fareja uma pessoa apresentada a ele, o ‘mede’ para detectar sua emoção, entre outras coisas. Esta informação diz ao cavalo como reagir a essa pessoa.

Este estudo descobriu que os cavalos reagem ao cheiro do medo e da felicidade humana, mas essas são respostas aprendidas ou instinto? Por exemplo, se o indivíduo que manuseia um cavalo específico age agressivamente quando está com medo, talvez batendo no cavalo, esse espera ser atingido quando sentir o cheiro do medo de qualquer humano?

Por outro lado, se a experiência do cavalo com humanos temerosos foi de que eles recuam ou permitem que ele siga seu próprio caminho, o cavalo vai tirar vantagem intimidando todo humano que cheira a medo?

A felicidade é menos complicada. Todos nós conhecemos aquele indivíduo em particular cuja presença alegre faz com que todos se sintam bem. A ciência mostrou que os cavalos também reconhecem as expressões faciais de felicidade, e um odor de felicidade pode reforçar essa percepção.

Conclusão

Armado com o conhecimento de que os cavalos podem sentir o cheiro das emoções humanas, seria possível enganar o cavalo usando um perfume que mascara o odor humano natural? 

Os estudiosos não souberam como agir com essa pergunta. Porém, afirmam que seria possível se conseguíssemos produzir um odor de emoção positiva. Na verdade, estão até trabalhando nisso para produzir odores emocionais reais. Mas aí entra em outro trabalho.

Em seu romance The Horse Tamer, o renomado autor infantil Walter Farley ofereceu o que chamou de Segredo Árabe:

“Para tornar um cavalo selvagem acessível ou um cavalo feroz dócil, tome duas partes do óleo de ródio e uma de cada um de cominho e anis. Coloque em uma garrafa e rolha bem até que esteja pronto para uso. Um pouco disso deve ser esfregado nas mãos. Segurando-o diante do cavalo, aproxime-se. Quando estiver perto o suficiente, esfregue um pouco no nariz e em dez ou 20 minutos o cavalo estará pronto para receber sua gentileza e plano de ensino.”

Alegações finais

No mundo de hoje, o óleo de ródio (óleo de pau-rosa) que não é sintético é difícil de encontrar. Mas o cominho e o extrato de anis são essenciais na cozinha de todo bom chef. Este escritor testou essas especiarias quando pediu para trabalhar com um grupo de potros de seis meses de idade.

Esses potros ainda não tinham sido manipulados e ele obteve resultados surpreendentes. O proprietário não conseguira sequer se aproximar deles, mas o cheiro de cominho e anis os atraía e permitia que aceitassem ser tocados.

Segundo o Dr. Antonio Lanatá e seus colegas da Universidade de Pisa, o estudo de sua equipe foi realizado em um laboratório, onde essas questões não foram respondidas. Ele está confiante de que seus resultados abrem a porta para uma exploração mais aprofundada desse fenômeno interessante em outros campos da interação homem-cavalo.

Entre os resultados positivos, em primeiro lugar, a educação e treinamento. O treinador deve ter em mente que suas emoções são transparentes para o animal. Então, algumas reações inesperadas podem ser bem compreendidas, e assim por diante.

Além disso, nas intervenções assistidas por animais, esses resultados poderiam melhorar a capacidade de usar os cavalos para terapias, especialmente com pessoas com deficiência, transtornos mentais ou pessoas afetadas por autismo.

Fonte: Portal Cavalus

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