Nenhuma das duas chapas inscritas para participar da eleição presidencial da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), no Rio de Janeiro, foi aprovada pela comissão eleitoral formada por três advogados. Assim, a entidade não escolheu um novo presidente e pode ficar acéfala a partir do dia 31 de dezembro, quando vence o mandato de Ronaldo Bittencourt. Quando situação semelhante aconteceu na confederação de desportos aquáticos, há quatro anos, a Justiça precisou nomear um interventor.
Bittencourt não teria apoio suficiente para se reeleger e retirou sua candidatura no meio do processo eleitoral, senso substituído por Francisco José Mari, conhecido como Kiko, presidente da empresa Total Química. A chapa de oposição, encabeçada pela técnica de ginástica rítmica Bárbara Laffranchi, entrou com pedido na Justiça, no final da semana passada, para barrar a candidatura de Kiko, alegando que ele não havia apresentado sua documentação em tempo hábil
Depois disso, Kiko deu o troco também pedindo a impugnação da chapa de Laffranchi, que não teria apresentado uma certidão do Tribunal de Contas da União (TCU). A comissão eleitoral atendeu ambos os pleitos, impugnou as duas chapas, e não sobrou ninguém para concorrer à presidência.
O problema é que a assembleia acontecia de forma presencial, no Rio, com a confederação tendo pago viagem e hospedagem dos presidentes de federação e dos atletas com direito a voto. Para que não fosse perdida a viagem e o dinheiro, o grupo de Laffranchi, uma bilionária única herdeira dos fundadores da Unopar, defendeu que fosse realizada a votação mesmo assim, o que não foi aceito. Esse grupo alega ter, na assembleia, obtido declarações de votos, registradas em papel, suficientes para vencer.
No último dia 16, a Comissão Eleitoral, formada por Alexandre Beck Monguilhott, Bichara Abidão Neto e Rodrigo Machado de Moraes, havia decidido que as duas chapas se encontravam “aptas a participar do pleito”. Agora, ambas as chapas dizem que vão recorrer da impugnação
Fonte: Olhar Olimpico – UOL