A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) tem um novo presidente. Em Assembleia, os associados elegeram Fernando Sperb e Bárbara Laffranchi como presidente e vice, respectivamente, para o triênio 2022/2024. Eles derrotaram a chapa formada por Claudio Gastão e Josenildo Oliveira por 1.175,43 pontos contra 1.014,57. A votação aconteceu em um hotel no Rio de Janeiro e também de forma remota.
A nova chapa irá assumir após um ano conturbado na CBH. O novo presidente deveria ter sido escolhido em novembro do ano passado, mas não foi realizada porque foram encontradas irregularidades nas documentações das duas chapas que concorreriam. Foi marcada então uma nova data, 29 de janeiro, quando houve confusão.
Eleição na Justiça
Uma das chapas, que era comandada por Bárbara Laffranchi — com Sperb de vice —, alegou uma série de irregularidades, como impedimento de eleitores de votarem. A chapa se retirou da assembleia oficial e realizou outra votação, com a presença de uma tabeliã, em que obteve maioria dos votos de federações e cavaleiros. Entretanto, como essa votação não era a oficial, a outra chapa, encabeçada por Kiko Mari foi oficialmente eleita.
A chapa de Bárbara entrou na Justiça e conseguiu que nova uma eleição fosse marcada, onde os votos dos eleitores que não puderam participar fossem computados. O pleito aconteceu em maio, com vitória dela. Porém, ela ganhou, mas não levou. Uma hora antes da eleição ter acontecido, um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro derrubou a decisão de primeira instância que determinou as eleições.
Renúncia
No meio de todo esse imbróglio, Kiko Mari, renunciou ao cargo pouco mais de seis meses após ser eleito, e o vice, João Loyo, assumiu. Ele alegou “motivos de foro íntimo” e que a abdicação era “em prol de um projeto maior”.
A situação abriu uma nova crise dentro da CBH. A chapa de Bárbara encomendou um parecer jurídico, em que afirmava que uma nova eleição deveria ser convocada. Loyo também elaborou um parecer que afirmava o contrário.
Nova eleição
No dia 28 de outubro, o juiz João Marcos Fantinato, da 34ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deu decisões em dois processos, em que determinou a anulação da eleição e a realização de novo pleito. As sentenças de Fantinato afirmavam que a nova eleição deveria acontecer de acordo com as regras do estatuto.
A CBH recorreu, mas o desembargador César Cury, da 11ª Câmara Cível, alegou que as decisões estavam “bem fundamentadas”. Desde então, Loyo decidiu não recorrer mais e dar prosseguimento a nova eleição.
Fonte: O Globo