Em entrevista ao Adestramento Brasil, a candidata à presidência da Confederação Brasileira de Hipismo pela chapa CBH Forte e Ativa, Bárbara Elisabeth Laffranchi, deu a sua visão sobre o que ocorreu na Assembleia Geral da última sexta 29/1 e disse que está entrando na Justiça e solicitando a análise judicial de tudo o que está acontecendo. “Vamos ver o que a Justiça decide e tentar fazer com que a CBH atual seja conduzida de forma lícita e que promova o hipismo brasileiro, que é o único objetivo que temos”, disse. Leia a seguir a entrevista conduzida por escrito com Laffranchi e reproduzida na íntegra.
Adestramento Brasil — Como você avalia o processo eleitoral e a assembleia geral ocorrida em 29/01?
Bárbara Elisabeth Laffranchi — Infelizmente, foi um processo conduzido de forma totalmente direcionada e sem a legalidade devida. Por isso, fizemos o que era certo naquele momento, ou seja, na frente de uma tabeliã com fé pública, com a quantidade regulamentar para se fazer uma assembleia, elegemos o presidente da assembleia e fomos eleitos para presidente e vice presidente da CBH de forma lícita e legal.
A chapa Forte e Ativa conduziu uma reunião à parte, no corredor, tendo, inclusive uma escrivã para lavrar a ata. Por que vocês levaram a escrivã à reunião? Esta assembleia paralela poderia substituir a que ocorreu na sala com a comissão eleitoral?
Levamos a escrivã, porque tínhamos certeza— por tudo o que vinha acontecendo e pelo que aconteceu na assembleia de 30/11/2020 — que a comissão eleitoral, o presidente da assembleia e as federações que apoiam a outra chapa fariam algo irregular e precisávamos atestar isso. A nossa assembleia foi a mesma, uma continuidade dentro da legalidade que não ocorreu na condução deles, mas, sim, por legítima eleição de seu presidente, com a votação feita pelo colégio eleitoral presente. É importante ressaltar que a assembleia é soberana e a comissão eleitoral não pode se apossar dela. Todas as questões de ordem precisam ser votadas, o que não estava acontecendo.
O comunicado emitido à comunidade hípica pela sua chapa (leia aqui) em 2/2 fala em medida judicial e levar os fatos ao Poder Judiciário. Quais são os próximos passos da chapa? A chapa recorrerá à Justiça? Já deu entrada no processo?
Sim, infelizmente precisaremos de uma decisão judicial sobre as inúmeras irregularidades que ocorreram.
No dia da eleição, ambas as chapas se declararam vencedoras, mas o comunicado da sua chapa afirma que a outra chapa foi eleita ilegalmente. Você não reconhece a vitória e a presidência de Francisco José Mari?
De forma alguma. Aliás, não cabe a mim reconhecer e sim às federações, aos representantes dos atletas, à FEI, ao COB e alguns outros órgãos.
No dia da eleição, a sua chapa emitiu um comunicado, que também foi corroborado pela FPH, que falou em uma possível criação de uma nova confederação. Esta ideia segue? Como isso seria feito?
Primeiro, vamos ver o que a Justiça decide e tentar fazer com que a CBH atual seja conduzida de forma lícita e que promova o hipismo brasileiro, que é o único objetivo que temos.
O comunicado recente coloca que dez federações e três representantes de atletas estão de acordo com o texto. Existe alguma articulação com tais entidades para reverter a eleição? O que está sendo feito?
Como já falei, estamos entrando na Justiça e solicitando a análise judicial de tudo o que está acontecendo. Esse é o desejo das federações e dos representantes de atletas que nos apoiam e da maioria da comunidade hípica nacional.
Fonte: Adestramento Brasil ( https://adestramentobrasil.com/ )