Com a participação de mais de cem conjuntos pelo terceiro ano consecutivo, o Campeonato Brasileiro e Taça Brasil de Adestramento, realizado entre 17 e 21/11 na Sociedade Hípica Paulista, provou mais uma vez que a modalidade vive um momento de expansão importante no país. O CBA contou com todas as categorias de Jovens Talentos (8 a 21 anos), Amadores até Sênior Top (mais alto rendimento), incluindo ainda Cavalos Novos (de 4 a 7 anos). Já a Taça Brasil é uma disputa voltada para profissionais que apresentam cavalos em formação até a série Forte II. No evento, havia representantes de São Paulo, campeão por equipes, Brasília, vice, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e da Escola de Equitação do Exército. O julgamento esteve a cargo de Sandra Smith de Oliveira Martins, Coronel Marcio Navarro de Camargo, Lindinha Macedo, Ricardo Micheletto Leão, Marcio Bastos Costa e Tenente PM Bruno Muniz Magalhães.
O campeonato atingiu as expectativas dos presentes e a Diretora de Adestramento da CBH, Eliana Azar, conta que ficou “extremamente feliz com o resultado deste ano. O campeonato demonstrou que conseguimos crescer e atingir as nossas metas deste ano. Foi tudo muito bem organizado pela SHP em parceria com a CBH”. Ao contrário de anos anteriores, o concurso desta edição foi no picadeiro Jayme Loureiro Filho. A presidente do Júri, Sandra Smith, comentou a realização do Campeonato com o formato diferente, com apenas uma pista indoor. “Estava tudo muito bonito e muito bem montado. A Hípica Paulista está de parabéns pela organização do evento. Também acho que é muito importante que a CBH continue com os incentivos na organização e na estabulagem: uma forma de auxiliar nos gastos da organização e dos cavaleiros”, afirmou.
Smith destacou a presença de juízes de outras localidades, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Brasília. Segundo ela, “essa integração é muito boa e eles podem levar a experiência do evento mais importante do Brasil aos seus estados”. Para ela, “também foi muito bom ver o nível das crianças no Mini Mirim e Mirim, sempre prestigiando o evento e mostrando que a base está crescendo, e muito se deve à iniciativa da CBH do Desafio Brasil, que leva a modalidade a vários estados”. Outro destaque do evento, segundo Sandra Smith, “foram as notas dos Cavalos Novos, mostrando que a criação dos cavalos brasileiros está cada vez melhor e que temos condições de alcançar boas notas com nossos animais, sempre investindo no treinamento correto desses cavalos”.
Com a melhor nota da história, Murilo Augusto finalizou o campeonato com média de 80.900% com Novidade V.O na categoria Cavalos Novos 5 anos. Montando Jorge V.O, Augusto também foi campeão na categoria Cavalos Novos 7 anos, com índice de 74.361%. Em conversa com a CBH, Murilo disse que “a ficha ainda não caiu”: “Estamos imensamente felizes com os resultados e um sentimento enorme de realização e dever cumprido! Acredito que todo cavaleiro sonha um dia em fazer uma nota assim, é pra isso que trabalhamos todos os dias, para um dia poder chegar ao nível de perfeição máximo que o esporte exige! Mas isso se deve muito mais à égua que é a protagonista de tudo isso. É uma honra ter um animal dessa qualidade e poder montá-la. Todo cavaleiro precisa de um bom cavalo, pois são eles que dão o show”, comenta. Para ele, esse foi o campeonato de mais alto nível que já participou, com organização impecável, alto nível de cavalos e cavaleiros, o que deixou tudo ainda mais interessante. Murilo Augusto ainda agradeceu ao criador Victor Oliva, pai do atleta Olímpico João Victor Oliva, vencedor do Prêmio Brasil Olímpico, e criador da raça Lusitano, que tem se destacado no Brasil e batendo recordes em concursos internacionais. “Victor Oliva é um pai e mentor, que nos incentiva oferecendo sempre o melhor para poder executar o trabalho. Tudo isso é resultado do esforço dele em querer o melhor para o esporte”, finaliza.
Colega de equipe de Augusto, Eduardo Alves Lima, conhecido como Duda Alves, garantiu o primeiro lugar do pódio da categoria Forte II Senior, maior título de sua carreira. Com Florisbela, ele obteve média de 71.636%. “O Brasileiro foi muito inesquecível para mim! Foi a minha estreia na categoria Senior e a primeira participação da Florisbela, que tem apenas 7 anos e meio. Minhas atuações foram positivas, mostrando que estamos no caminho certo e dando esperanças para novos desafios. Quero agradecer ao Sr. Victor Oliva e ao cavaleiro João Victor Oliva, que confiaram no meu trabalho, e à equipe Ilha Verde, pois sozinho ninguém faz nada”, completa.
No Senior Top, o troféu foi para Victor Ávila, repetindo o feito de 2020. Montando Corsario IGS, Ávila obteve média de 67.134% e afirmou ter percebido uma evolução muito grande do animal entre as duas edições. Para ele, a conquista só o motiva “a seguir trabalhando forte, construindo e conquistando cada vez mais.” Victor Ávila ainda foi campeão brasileiro da categoria Cavalos Novos 6 anos e garantiu a terceira colocação no Senior. O cavaleiro comentou que a escolha de realizar o evento no picadeiro ndoor foi certeira, garantindo conforto para o público e aos competidores.
Na categoria Preliminar Mirim, sagrou-se campeão com índice de 76.625% o brasiliense Dimitri Drummond, de 13 anos, montando Faceira da Raposa. O jovem atleta disse que participar do Campeonato foi muito emocionante e que a sensação de conquista do título de campeão brasileiro é de muita felicidade, gratidão e dever cumprido. “Gratidão pelo apoio dos meus pais, pelos ensinamentos do meu treinador e da minha coach esportiva”, afirmou. Dimitri Vivan ainda ressaltou que ter uma experiência como essa sempre o incentiva a “persistir, ir até o final do campeonato e competir um dia de cada vez”.
Fonte: CBH
