Bicampeão pan-americano é o novo representante dos cavaleiros de salto e exaltou o maior tempo com a família
A Espanha é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus no mundo. E quem acompanha de perto a situação do país é o brasileiro Pedro Veniss. O bicampeão pan-americano por equipes no hipismo mora em Barcelona com a família e contou ao Olimpíada Todo Dia como tem sido a quarentena.
“Infelizmente, não são bons momentos aqui na Espanha. Moro no centro de Barcelona, em um apartamento, e estamos há mais de um mês sem poder sair. Consegui só uma autorização para ir ao clube hípico para pelo menos montar os cavalos um poucos. Mas graças a Deus, todo mundo com saúde, que é o mais importante”, relatou.
Olhando por uma perspectiva diferente, Pedro explica que a quarentena imposta pelo coronavírus tem tido um lado bom: passar mais tempo com a esposa e os três filhos. “A minha família é tudo. Uma das partes difíceis da minha profissão é estar longe deles toda semana. Eles tentam me acompanhar o máximo possível, mas com três crianças na escola não é sempre que dá, ainda mais que eu tenho competição quase todo fim de semana. Então eu estou aproveitando esse momento para ficar mais tempo com eles. É um lado bom no que a gente está passando”.
Lado bom da quarentena que, no entanto, veio junto com a frustração de ver os Jogos Olímpicos de Tóquio serem adiados para o ano que vem por causa do coronavírus. Apesar de concordar com a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI), não foi fácil digeri-la.
Cargo de honra no hipismo
“É difícil para os atletas, porque você se prepara quatro anos para um evento tão importante. Você já tem na cabeça que falta pouco tempo para a competição… Então ter que aceitar que aquilo não vai acontecer agora e só no ano que vem é um pouco chato. Mas com certeza, nesse momento, foi uma boa decisão”, opinou Veniss.
No início deste mês, Pedro Veniss foi anunciado como o novo representante dos cavaleiros de salto junto ao Comitê de Atletas da Federação Equestre Internacional (FEI). Para o atleta de 37 anos, com duas Olimpíadas no currículo (Londres 2012 e Rio 2016), é uma honra ser o porta-voz de sua classe.
“Acho muito importante ter um atleta lá dentro. É legal a FEI sempre convidar um atleta para estar no comitê de salto, porque a gente pode falar com os dirigentes, o que a gente acha, o que a gente está sentindo, as coisas que estão indo bem e o que pode melhorar. É algo que eu aceitei pelo amor que eu tenho pelos cavalos, pelo hipismo e pelo esporte e é uma honra poder ser a voz dos cavaleiros”, concluiu.
Fonte: olimpiadatododia.com.br