Com imenso pesar, compartilhamos a notícia do falecimento da amazona carioca Lucia Faria Alegria Simões, sem dúvida, um dos principais ícones do hipismo brasileiro, ocorrido em 29/1, no Rio de Janeiro.
Lucia, 78, foi a primeira amazona a disputar uma Olimpíada na cidade do México 1968 garantido a 7ª colocação, melhor resultado entre todos competidores americanos e melhor resultado de uma brasileira nos Jogos por 40 anos. Seu parceiro nessa conquista histórica foi Rush de Camp, certamente principal cavalo em sua carreira esportiva.
Em 1968, Lucia integrou a equipe medalha de ouro na Copa das Nações no prestigado CSIO5* de La Baule e foi bronze no GP, em que José Roberto Reynoso Fernandez foi ouro e Nelson Pessoa, bronze. No ano seguinte, em 1969, Lucia e Rush de Camp venceram o GP de La Baule com único percurso zerado e, de quebra, foram vice no Derby de La Baule. No mesmo ano, Lucia foi campeã no CHI de Bruxelas. Entre outras conquistas, Lucia também venceu o GP Hertogenbosch, na Holanda e foi bronze Grande Prêmio de Roma e bicampeã da liga Sul-americana.
A paixão pelos cavalos começou na infância na fazenda de um tio e em Petrópolis no Quitandinha com seus pais. Lucia era sócia da Sociedade Hípica Brasileira no Rio, desde 1955. Em 1975, Lucia e o também cavaleiro olímpico Antonio Alegria Simões apaixonaram-se, casaram em 1976 e seguiram a vida juntos também sempre em torno dos cavalos.
Seu estilo a cavalo era impecável, sem dúvida, uma precursora do hipismo moderno com “suavidade, elegância e simplicidade dos cavaleiros clássicos (… ) e grande eficiência”, descreveu o cavaleiro olímpico Renyldo Ferreira em seu livro a História do Hipismo. Nas últimas décadas dedicou-se ao course-design e como treinadora formou gerações de campeões.
Em nome de toda comunidade hípica, a CBH solidariza-se com seu marido Antonio Alegria, filhos, a amazona Carolina e André, familiares e amigos.
O hipismo brasileiro agradece seu memorável e importante eterno legado.
Descanse em Paz.
Fonte: CBH