segunda-feira, 18/novembro/2024
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Rodrigo Pessoa ganha sobrevida na briga pela classificação para as Olimpíadas: “Adiamento foi bom”.

Fora da seleção brasileira de hipismo desde 2016, Rodrigo Pessoa está com cavalos novos, terá tempo para conhecê-los e brigar por sétima Olimpíada da carreira

Cavaleiro mais vitorioso da história do Brasil, Rodrigo Pessoa, de 47 anos, estava praticamente fora das Olimpíadas de Tóquio, mas, com o adiamento da competição por conta da pandemia do novo coronavírus, voltou a sonhar com a classificação. Fora da equipe brasileira desde 2016, virou treinador da Irlanda entre 2017 e 2019, voltando a competir pelo Brasil no fim do ano passado.

Se as Olimpíadas fossem em 2020, seria muito difícil Rodrigo fazer parte do time brasileiro, mas com o adiamento, ganhou um tempo para se acostumar com os novos cavalos adquiridos:

– O adiamento foi bom para mim, como eu comecei com três cavalos novos nesse ano, eu não conhecia, esse adiamento vai me dar mais tempo para conhecê-los. São cavalos que saltam cinco estrelas e têm o potencial bom – disse Rodrigo.

O Brasil já está classificado para as Olimpíadas com a equipe completa, graças ao título dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Serão três atletas convocados para Tóquio, e a comissão técnica deve decidir isso em maio do ano que vem. Será a primeira Olimpíada com a presença de apenas três conjuntos por time, não quatro, pode decisão da Federação Equestre Internacional.

– A equipe está em uma fase boa, excelente cavaleiros, bons cavalos, acho que o ano que vem vai ser muito bom. Funcionava bem os quatro atletas na equipe olímpica, mas foi decidido assim, e não tem como mudar. Vamos nos adaptar. E é um lugar a menos, mas vamos tentar brigar por uma vaga e tentar um bom resultado – disse Rodrigo.

O cavaleiro brasileiro tem três medalhas olímpicas, os bronzes por equipes em Atlanta 1996 e Sydney 2000, além do ouro individual em Atenas 2004. Ele tem seis Olimpíadas, participou ainda de Barcelona 1992, Pequim 2008 e Londres 2012, e pode disputar o evento pela sétima vez, o que seria um recorde nacional.

Não há uma competição válida como seletiva para fazer parte da seleção olímpica em Tóquio. A comissão técnica, hoje chefiada pelo suíço Philippe Guerdat, decidirá os integrantes levando em conta uma série de critérios, incluindo os resultados em determinadas competições.

A pandemia do novo coronavírus paralisou todas as competições do hipismo, ainda sem data marcada para a volta. Rodrigo comenta o momento:

– Esse ano vai ser de paciência, de como vai evoluir as coisas, então vamos esperar para ver o que vai acontecer. O que precisamos fazer é manter a forma – disse.

Fonte: Globo Esporte (18/04/2020)

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